Padre Bernardo (GO) — Um escândalo de proporções alarmantes explode no interior de Goiás. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) estreita o cerco contra o prefeito Joseleide Lázaro da Silva, Bruno Nunes da Silva e o advogado Aurelino Ivo Dias. Um inquérito civil da 2ª Promotoria de Justiça investiga o pagamento suspeito de R$280 mil a Aurelino, supostamente por serviços advocatícios, mas com fortes indícios de fraude e uso irregular de recursos federais.

Segundo o MP-GO, o valor estaria vinculado à liberação de verbas de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A promotora Fabiana Lima Barreto aponta possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e abuso de poder econômico durante o período eleitoral.

“Se confirmado, esse caso pode mostrar que dinheiro público virou moeda política”, alertam fontes próximas à investigação.

Apesar das requisições formais, a Prefeitura e o MDR não responderam aos ofícios enviados pelo órgão de fiscalização, dificultando o avanço das investigações. Intimações e diligências seguem em andamento para identificar a responsabilidade de cada envolvido.

A presença de Bruno Nunes da Silva, já citado em outros procedimentos do MP-GO, reforça a suspeita de um núcleo articulado de poder dentro da gestão municipal. A investigação busca descobrir se houve desvio direto de recursos e quem realmente se beneficiou política ou financeiramente dessa operação.

Contradições e ligações suspeitas

As investigações contra a gestão do prefeito Joseleide Lázaro da Silva ganham novos contornos e apontam um elo central: Bruno Nunes da Silva, ex-servidor comissionado apontado pela Prefeitura como “exonerado em maio de 2025”, mas que, segundo fontes do J.N News, continua atuando na farmácia do hospital municipal.

Bruno é citado em duas apurações conduzidas pela 2ª Promotoria de Justiça do MP-GO:

• Caso 1: suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de bens envolvendo servidores, como Bianca Rodrigues das Dores, da Procuradoria do Município, e o próprio Bruno.
  
  

Contradições na versão oficial

Em nota enviada ao JN News, a Prefeitura afirma não ter sido notificada pelo MP-GO e garante que “não há indícios oficiais de irregularidades”. O comunicado também afirma que Bruno Nunes não ocupa mais cargo público. No entanto, depoimentos obtidos pela reportagem mostram que ele permanece vinculado à gestão.

Promotoria avança com diligências

A promotora Fabiana Lima Barreto determinou intimações, requisições de informações e análise de movimentações bancárias, tanto no caso dos servidores quanto no inquérito do pagamento de R$280 mil. Até agora, nem a Prefeitura nem os investigados responderam aos ofícios.

Blindagem política enfraquecida

As investigações revelam alinhamento entre o prefeito e Bruno, reforçando a percepção de que existe uma estratégia articulada para minimizar os impactos. A coincidência das narrativas públicas — negando irregularidades e atribuindo acusações à “oposição” — indica sintonia política e funcional dentro da gestão.

Nota do JN News

O portal reforça que todas as informações são baseadas em documentos oficiais e fontes confiáveis. Nossa equipe seguirá acompanhando ambos os casos com rigor jornalístico, cobrando esclarecimentos da Prefeitura e denunciando qualquer tentativa de intimidação contra jornalistas ou cidadãos.

Até o fechamento desta reportagem, nem o prefeito Joseleide Lázaro, nem Bruno Nunes, nem Aurelino Ivo se pronunciaram sobre as acusações, deixando no ar um clima de tensão e mistério sobre o futuro político da cidade.