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Brasília,17/07/2025

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Desastre Anunciado: Aterro Ouro Verde Colapsa e Ameaça Água do DF

Colapso no Aterro Ouro Verde expõe negligência das autoridades, contaminação ambiental e intimidação contra moradores. A comunidade cobra justiça e ações imediatas para conter a tragédia.

Redação JN News
Desastre Anunciado: Aterro Ouro Verde Colapsa e Ameaça Água do DF Foto: Cedida por Morador da Região

Na manhã desta quarta-feira, 18 de junho de 2025, um colapso ambiental de proporções devastadoras abalou a zona rural de Padre Bernardo, Goiás, nas regiões da Vendinha, Ouro Verde e Monte Alto. O Aterro Sanitário Ouro Verde, um empreendimento privado em operação desde 2016, desmoronou sob o peso insustentável de toneladas de resíduos sólidos, revelando uma crise marcada pela negligência do município, omissões do governo estadual, denúncias de ameaças veladas contra moradores e tentativas de silenciamento da comunidade. O JN News recebeu relatos anônimos de cidadãos que, temendo retaliações, exigem ações imediatas para proteger a saúde pública, o meio ambiente e a dignidade da população local, que vive sob o impacto de um crime ambiental de grandes proporções.

Um Desastre que Escancara o Caos

Por volta das 7h30, a estrutura precária do Aterro Ouro Verde cedeu dramaticamente, incapaz de suportar a sobrecarga de resíduos depositados sem infraestrutura adequada. Vídeos exclusivos enviados ao JN News revelam uma montanha de lixo desabando, espalhando detritos e expondo a instabilidade do terreno, agravada por chuvas recentes. Situado a apenas 9 km de Brazlândia (DF) e próximo ao Córrego do Mato, o aterro ameaça diretamente a Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Descoberto, essencial para o abastecimento de água potável de milhões de pessoas no Distrito Federal e em Goiás.

É uma tragédia anunciada. Vivemos com o cheiro insuportável, a poluição generalizada e, agora, esse colapso. Estamos abandonados”, desabafa um morador local, sob anonimato, temendo represálias. Ele integra um grupo de cidadãos que, há anos, encaminha denúncias a autoridades, sem receber respostas eficazes, sobre os impactos devastadores do aterro em suas vidas.

No exato momento da tragédia:

Veja o instante em que o Aterro Ouro Verde cede sob o peso do lixo acumulado. Imagens exclusivas revelam o colapso da estrutura e o início do desastre ambiental.


Denúncias de Longa Data: Um Histórico de Irregularidades

Em operação desde 2016, o Aterro Ouro Verde tornou-se um foco recorrente de controvérsias ambientais, funcionando frequentemente por meio de liminares judiciais que driblam interdições e autos de infração. Relatos anônimos enviados ao JN News, somados a investigações de órgãos fiscalizadores, apontam uma série de irregularidades graves:



  • Falta de Licenciamento Ambiental: O aterro opera sem licenças ambientais definitivas, em violação às normas de regularização. Segundo moradores, decisões judiciais duvidosas têm permitido a continuidade das atividades, contribuindo para a perpetuação da impunidade.




  • Vazamento de Chorume: O líquido tóxico resultante da decomposição do lixo vaza de tanques mal conservados, contaminando o solo e os lençóis freáticos. Há denúncias de despejos irregulares em grotas e cursos d’água da região.




  • Contaminação de Recursos Hídricos: A localização próxima ao Córrego do Mato e à APA da Bacia do Descoberto eleva significativamente o risco de poluição da água que abastece o Distrito Federal. Análises preliminares identificaram a presença de contaminantes em nascentes locais.




  • Descarte Irregular: Resíduos biológicos e lixo “in natura” estariam sendo descartados sem qualquer tipo de tratamento, em total desacordo com as normas sanitárias e ambientais.




  • Erosão e Degradação Ambiental: A operação descontrolada do aterro tem provocado erosões nas encostas, contribuído para o assoreamento de corpos hídricos e causado a destruição da vegetação nativa.



Além dos danos ambientais, os moradores relatam impactos diretos à saúde, incluindo infecções respiratórias, alergias e doenças dermatológicas. A população também convive com a proliferação de vetores, como mosquitos e roedores.






“Nossas famílias estão adoecendo por causa do ar poluído. Não há mais condições de viver assim”, desabafou um residente, sob anonimato.


A dimensão da tragédia:

As imagens mostram o verdadeiro impacto do colapso: montanhas de resíduos espalhadas, contaminação visível e riscos estruturais evidentes. Um cenário alarmante e previsível.

Ameaças Veladas e Silenciamento da Comunidade

Um dos aspectos mais alarmantes revelados ao JN News é o clima de intimidação que paira sobre a comunidade. Moradores que denunciam as irregularidades do aterro relatam sofrer ameaças veladas, atribuídas à influência dos responsáveis pelo empreendimento.


Um vídeo anônimo enviado ao JN News indica que a presença de policiais na região estaria sendo utilizada para inibir registros do colapso e silenciar denúncias, intensificando o clima de medo entre os cidadãos.



“Sabemos que os donos têm poder. Quem fala demais pode sofrer consequências graves”, confidenciou um agricultor local, sob condição de anonimato.



Esse cenário representa uma grave violação dos direitos de cidadania, em que o medo impede a população de exercer plenamente sua liberdade de expressão e seu direito à defesa do meio ambiente.


A comunidade vive sob constante pressão, desassistida e sem proteção adequada, enquanto as respostas das autoridades permanecem lentas e insuficientes.


O JN News reafirma seu compromisso com o jornalismo investigativo, garantindo o anonimato dos denunciantes e amplificando suas vozes, ao mesmo tempo em que continua apurando os fatos com rigor e responsabilidade.



Autoridades: Respostas Tardias e Insuficientes


A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) de Goiás informou que foi notificada sobre o desabamento e enviou equipes técnicas para avaliar os danos. A pasta comprometeu-se a solicitar judicialmente a suspensão definitiva das atividades do aterro.


O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Goiás (MPGO) conduzem ações civis públicas para apurar as irregularidades, enquanto o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) agendou uma vistoria para esta quinta-feira, 19 de junho de 2025.


O prefeito de Padre Bernardo reconheceu que o aterro funciona por meio de liminar judicial, mas transferiu a responsabilidade pela fiscalização ao governo estadual e aos órgãos ambientais, como o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a própria SEMAD.


A Frente Parlamentar pelo Fim dos Lixões, da Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), cobrou medidas emergenciais e prometeu pressionar por soluções definitivas.


Apesar das declarações oficiais, a população segue cética:



“As autoridades sabem do problema há anos, mas o aterro continua destruindo tudo. Até quando?”, questiona um morador, sob anonimato.



Tragédia Anunciada: Impactos de Longo Prazo


O colapso do Aterro Ouro Verde não é um caso isolado, mas o reflexo de uma gestão ambiental precária e de um sistema de fiscalização falho.


A contaminação do solo e da água ameaça o abastecimento hídrico de milhões de pessoas no Distrito Federal e em Goiás, colocando em risco a segurança hídrica regional.


A Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Descoberto, vital para a preservação de ecossistemas e do fornecimento de água potável, já sofre os efeitos da poluição, que atinge inclusive espécies nativas.


Os impactos à saúde pública também são alarmantes, com aumento nos casos de doenças respiratórias, infecções de pele e proliferação de vetores, como mosquitos e roedores.


O caso escancara a fragilidade da gestão de resíduos sólidos no Brasil. Enquanto empreendimentos como o Aterro Ouro Verde continuarem operando amparados por liminares judiciais, tragédias semelhantes seguirão ameaçando comunidades vulneráveis, que arcam com os custos humanos e ambientais da negligência institucional.


A Voz da Comunidade e a Cobrança do JN News


A população de Padre Bernardo exige a paralisação imediata do aterro, a recuperação ambiental urgente da área degradada e a responsabilização dos envolvidos, incluindo os proprietários do empreendimento e os agentes públicos omissos.



“Queremos justiça, ar limpo e água potável. Não é pedir muito, é o básico”, resume um morador anônimo.



O JN News apurou que protestos estão sendo organizados nos próximos dias, com a comunidade unida na pressão por ações concretas.


A SEMAD prometeu intensificar as fiscalizações, enquanto o MPF acelera as investigações. O ICMBio deve divulgar um relatório preliminar após a vistoria desta quinta-feira.


O JN News continuará acompanhando o caso de perto, cobrando providências e transparência, até que a população tenha suas demandas atendidas e esta crise seja enfrentada com seriedade.

Um Chamado à Ação


O colapso do Aterro Ouro Verde é um grito de alerta para a urgente necessidade de políticas públicas eficazes, transparentes e fiscalizadas na área de resíduos sólidos.


A negligência, a impunidade e a falta de controle ambiental não podem mais ditar o futuro de Padre Bernardo e de toda a região do Entorno do Distrito Federal.


É inadiável proteger as comunidades, preservar o meio ambiente e garantir a segurança hídrica da população.


O JN News reafirma seu compromisso com o jornalismo investigativo e a defesa dos direitos fundamentais da população.



Se você possui informações sobre irregularidades ou impactos causados pelo Aterro Ouro Verde, envie seu relato para:

Sua identidade será rigorosamente protegida.





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