Justiça decreta prisão preventiva de Oruam por seis crimes no Rio
Rapper é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal, resistência, dano ao patrimônio e desacato

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro expediu, na noite de segunda-feira (21), um mandado de prisão preventiva contra o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, de 23 anos. A decisão foi confirmada pela Polícia Civil e é baseada em seis acusações formais: tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato.
A operação ocorreu após um episódio envolvendo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que se dirigiu à residência do artista no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio, para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente de 17 anos, identificado como "Menor Piu". Segundo as investigações, o menor é apontado como integrante de uma quadrilha especializada em roubos de veículos e estaria atuando como segurança de um traficante de alta periculosidade.
Durante a ação, os agentes afirmam ter sido confrontados e hostilizados pelos presentes na residência. De acordo com a nota oficial da Polícia Civil, Oruam teria tentado impedir a entrada da equipe, com ameaças, insultos e até o lançamento de pedras contra os policiais. Um suspeito fugiu para dentro da casa, e os agentes entraram no imóvel para efetuar as prisões. Um indivíduo foi detido em flagrante por crimes como desacato e associação para o tráfico. Oruam e outros envolvidos deixaram o local antes da chegada do reforço policial, mas o inquérito foi aberto e resultou na emissão do mandado de prisão preventiva contra o cantor.
As autoridades também destacaram que esta é a segunda vez, em menos de seis meses, que pessoas investigadas por tráfico são encontradas no endereço de Oruam. Em fevereiro de 2025, durante outra operação da DRE, um traficante foragido foi preso dentro da casa do artista. Na ocasião, Oruam foi autuado por favorecimento pessoal, mas acabou liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
A equipe do JN News tentou contato com a defesa de Oruam, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. Até o momento, o mandado segue em aberto, e o paradeiro do rapper é desconhecido.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades.
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